domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal, Deus está conosco!

Aproximamos-nos da festa do Natal, festa que nos torna mais próximos uns dos outros. É tempo de trocar presentes, de enfeitar a casa, montar o presépio e a árvore de Natal. Tempo de enviar e receber cartões com felicitações natalinas. É tempo das crianças saldarem a dívida acumulada ao longo do ano, quando não estudaram direito, não fizeram as suas tarefas, e agora é tempo de correr e fazer tudo o que é proposto, para ganhar o presente desejado. Porém, não podemos nos esquecer daquele que é o motivo pelo qual nos reunimos, trocamos presentes e saudamos a todos. Não podemos nos esquecer daquele Menino que entra silencioso na história humana, tendo como testemunha do seu nascimento a lua e as estrelas, que lá do alto contemplavam acontecimento tão extraordinário, capaz de fazer com que os anjos anunciassem a todos os que estavam próximos que algo diferente acontecia. É tempo também de renovarmos nossas esperanças, na espera do Senhor que veio, que vem e virá. E o Advento quer nos motivar nessa espera, pois caminhamos com Isaías, João Batista e a Virgem Maria que está na expectativa do nascimento do seu Filho. Com isso, renovamos nosso compromisso de seguir o Senhor, de preparar nosso coração e nossa casa para bem recebê-lo, traçamos novos planos, novas expectativas surgem, novos horizontes se abrem nos motivando nessa espera diferente, pelo nascimento do Messias. É tempo de agradecermos, as várias conquistas realizadas, as várias vidas que fizeram parte da nossa vida neste ano que se esvai nas areias do tempo. Que neste Natal, mergulhemos profundamente no amor de Deus, que nos encharca com sua justiça para que ao longo do ano levemos a todos a justiça e o amor. Boa preparação para o Natal e feliz acolhida do Salvador, o Deus Menino. Padre Saulo Emílio

sábado, 28 de julho de 2012

Vocação: compromisso de todos

“O reino de Deus é como um grão de mostarda” (Mc 4, 31) Ao criar o mundo, Deus mostra seu amor e bondade, deixando impresso nas coisas boas que criou vestígios, pegadas da sua presença na criação. Como ponto máximo da sua bondade Ele cria o homem, como personagem principal no palco da criação, como grande responsável pelas coisas criadas. Sendo colaborador de Deus, é chamado a cuidar e modificar para o bem todo o mundo. Aderindo ao projeto de Deus o ser humano dá a sua resposta a vocação primeira de toda pessoa, a vocação à vida, e vida em abundância. Todos nós, homens e mulheres, somos responsáveis uns pelos outros, e juntos cuidamos do mundo. Assim, a vocação universal do homem e da mulher é lutar e preservar a vida. Com o batismo, recebemos a semente de reino de Deus, que ao longo da vida vai germinando, tomando forma e se fortalecendo, na vivência comunitária e na escuta da Palavra de Deus. É na vida comunitária que o ser humano encontra espaço para colocar seus dons, recebidos no batismo, a serviço da vida e da esperança de um mundo novo. É na comunidade que nascem os vários tipos de vocação: vocação leiga, vocação religiosa e sacerdotal, cada um dentro de suas possibilidades e limitações se coloca a serviço do reino, porém todas elas têm em comum o cuidado com a vida do próximo; devemos estar atentos às necessidades básicas de todo ser humano, para que não sejam feridas. Pois somos chamados à vida e trazemos conosco as sementes do reino de Deus, reino de amor e paz, comunidade viva que proclama as maravilhas de Deus no meio de seu povo.

domingo, 22 de julho de 2012

Viver em comunidade, nossa missão!

O sentido de se viver em comunidade está em discussão em nossos dias, muitos acreditam que viver em comunidade ou sociedade não é o melhor para o ser humano, e levantam a bandeira de que o individualismo é o melhor caminho, pois como dizia o poeta: “abaixo de nossa pele, estamos sozinhos”. Porém, não estamos sozinhos. Somos criados por Deus como seres únicos, amados e acolhidos por Ele, para colocarmos nossa individualidade a serviço do todo, não só na Comunidade Cristã, mas na própria sociedade. O que seria de nós se o professor, fechado em seu saber, pensasse em não mais ensinar às crianças e jovens aquilo que aprendeu; ou se um médico não curasse mais os doentes que o procurassem e utilizasse seu saber apenas para curar seus próprios males. Ou ainda, como chegaríamos ao conhecimento de Jesus Cristo se os catequistas guardassem apenas pra si o chamado do Senhor. Enfim, a vida humana seria algo insuportável, um fardo terrivelmente pesado para se carregar sozinho, sem que outros pudessem aliviar e procurar a cura para os nossos males, sem que tivéssemos acesso à cultura, à educação, aos meios de comunicação. Ficaríamos fechados em cavernas modernas, onde a luz seria algo distante, muito distante, algo mítico, assim como nos ensina Platão (+/- 428/347a.C) no Mito da Caverna. O ser humano é um ser social, como dizia outro filósofo antigo, Aristóteles (384/322a.C). E como tal precisa criar laços, estabelecer relações, criar raízes, apaixonar-se por causas que valham a pena, não apenas para seu bel prazer e satisfação, mas principalmente para ajudar aqueles com quem estabelece relações. Com quem aprende a amar e conviver, com que espontaneamente cria laços de amizades; não interesseiros, mas verdadeiros, que consigam vencer esse pensamento individualista e descompromissado com a realidade onde vivemos. Assim, além do pensamento filosófico que nas suas várias vertentes nos ajudam a descobrir qual o melhor caminho para a humanidade, que dá o seu primeiro passo em cada um de nós. Temos o exemplo maior de doação de vida, de serviço e amor desinteressado, do próprio Senhor, que vem ao mundo para fazer a vontade daquele que o enviou. Daquele que é o Pai das misericórdias, que quer a vida plena para todos os seus filhos e filhas amados. Aquele que faz a Comunidade Perfeita, com o Filho e o Espírito Santo. Exemplo, para nós, de vida comunitária, que nos convida a vencermos as barreiras geradas, muitas vezes, por nossas vontades, caprichos e interesses. Jesus esteve totalmente voltado para o outro, preocupou-se com os pequenos, os fracos, os tíbios, os mudos, os presos, os famintos, os aleijados, os sedentos, os desesperançados pela sociedade da época, e os colocou no centro do seu reinado, e pede que façamos a mesma coisa que ele fez. “Em verdade eu vos digo: todas as vezes que fizestes isto a um destes pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25,40). Amemos a semelhança dele, e em comunidade aprendamos a cada dia a sermos sal da terra e luz do mundo, como nos diz São Mateus(5,13a.14a) em seu evangelho. É preciso lutar contra essa corrente individualista e mostrar ao mundo que viver em comunidade é possível e vale a pena. Que o exemplo de conversão de São Mateus nos ajude a abandonarmos nosso telônio para sermos missionários com o Senhor.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Rezar sempre

Jesus exige de cada um de nós um seguimento radical, ou seja, agir como ele agiu. Cristo quis, e ainda quer, que todos possam viver como filhas e filhos de Deus, felizes, com dignidade, em harmonia entre si, com a natureza e com o Pai. Somos convidados a anunciar o ano da Graça do Senhor, assim como faz Jesus: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor. (Lc 4, 18-19) Essa é a missão de Jesus, inspirado no profeta Isaías (Is 61, 1s), e ele só a inicia porque está cheio do Espírito, é o Espírito que o impulsiona a proclamar o amor do Pai e libertar os cativos e aflitos de coração (Is 61, 1b). é interessante notar que Jesus não está sozinho, ou não age só, é o espírito de Deus que está com ele orientando sua missão. Como Jesus também somos impulsionados pelo Espírito do Deus, o Espírito da Verdade, no entanto, entramos em sintonia com o Espírito quando nos colocamos em escuta deste mesmo espírito, através da oração assim como fez Jesus, antes de iniciar sua missão retira-se ao deserto para orar, para escutar a voz do Pai que guia sua missão. Assim, através da oração o cristão é chamado a modificar a sua realidade, pois a oração tem função transformadora, pois é na oração que entramos no deserto de nossa mente, nos deparamos com os problemas cotidianos que nos impedem de caminhar e apresentamos ao Pai, por Jesus, para encontrarmos em comunidade a solução. Existem várias maneiras de orar, tais como: a oração particular, a oração através das fórmulas apresentadas pela Igreja, a oração comunitária, enfim existem vários meios pra se chegar ao Pai, através do único intercessor Jesus Cristo, porém o que importa como vai ressaltar o apóstolo Paulo é rezar ou orar em todo tempo e em qualquer necessidade, para que alimentados e cheios do Espírito de Deus tenhamos a coragem de caminhar firmes na fé rumo a um mundo novo, transformado pelo exemplo de Jesus orante e visualizador das necessidades de seu povo.

domingo, 24 de junho de 2012

Pedidos de oração

Carissímos, no nosso dia-a-dia enfrentamos várias adversidades, que sozinhos não conseguimos superar. Somente com a força que vem do alto, que vem do Pai Celeste, podemos fazer da nossa vida instrumento de vida e da alegria na vida dos nossos irmãos. Assim, é na comunidade que colocamos nossa vida a serviço, celebramos nossas conquistas, alegrias e esperanças e também colocamos nossas tristezas, desafios e momentos difícis pra que sejam gestos de aprendizagem e vida para todos nós. Deixe aqui seu pedido de oração e estaremos rezando por vocês, pedindo a intercessão de São Mateus, Apóstolo, Evangelista e Martir.

sábado, 23 de junho de 2012

Reflexão sobre o mês de Junho

Durante este mês vivenciamos grandes oportunidades de meditarmos sobre Jesus Cristo e seu Mistério Pascal, primeiramente a cada domingo, onde reunidos em comunidade para ouvirmos a sua Palavra e partilharmos seu Corpo e Sangue. Não podemos deixar que se esvazie a dinâmica e a mística deste dia consagrado ao Senhor, pois é um dia diferente dos outros, dia de festa, dia especial que revela a nossa identidade cristã. Assim não há cristão sem domingo, nem domingo sem cristão. É nesse dia que trazemos a nossa vida, os acontecimentos cotidianos, os fatos da vida que pedem para ser celebrados, nossas conquistas semanais, nossas alegrias e esperanças, angústias e tristezas mergulhadas no mistério pascal que se faz compromisso e missão na Igreja e na Vida, para que o Reinado de Deus aconteça. Outra oportunidade que temos, é a solenidade do Corpo e Sangue do Senhor (Corpus Christi). Essa solenidade, eco da celebração da quinta-feira santa, nos faz experimentar de forma mística e concreta, o mistério da entrega do Senhor. Jesus manifesta seu amor através da doação total da vida pela salvação. Comungando de seu corpo e sangue participamos de sua oferta e nos comprometemos a viver em comunhão. A Eucaristia é o centro e a raiz da comunidade cristã, fonte de vida e de missão dos discípulos e discípulas de Jesus. Os vários ministérios e serviços emanam do compromisso assumido diante do exemplo deixado pelo Senhor, para que a vida no mundo seja cada vez mais difundida. Quem comunga do corpo sacramental de Cristo assume o compromisso de continuar seu gesto messiânico de partilhar e de multiplicar. Pois, no Reino de Deus não há lugar para a fome, miséria, necessitados ou desigualdade social. Temos, também, a oportunidade de vermos revelado seu mistério na vida dos Santos e Santas especialmente os que são mais celebrados ao longo deste mês: Santo Antônio, exemplo de pregador e missionário que percorreu as terras de Portugal e Itália incansavelmente pregando o Evangelho e motivando a conversão, São João, que deste do seio de sua mãe testemunhou o Senhor, grande profeta, precursor do Messias esperado, o maior de todos os homens, como diz Jesus. E São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, mártires da fé, que não temeram a morte e levaram até o fim a missão evangelizadora, assim como nosso Padroeiro São Mateus. Por fim, vemos ou experimentamos o mistério pascal do Senhor na vida da comunidade e nos vários ministérios e serviços que surgem, pessoas que na sua simplicidade e no seu entusiasmo motivam nossa vida e nossa caminhada, pessoas que se tornam queridas e importantes. Por esses louvo ao Pai do Céu neste meu terceiro aniversário sacerdotal. Pois, Jesus passa pela nossa vida, e nos deixa inquietos; inquietos para que o Reino aconteça; inquietos para colocarmos nossa vida em missão; inquietos para nos comprometermos com a vida do mundo; inquietos... Agradeço, assim, por essa comunidade tão querida e também tão jovem que me acolheu. Peço também, desculpas por às vezes não corresponder aos anseios da comunidade, mas quero sempre, como servidor aprender de vocês e com vocês a ser melhor. Que o Cristo Jesus, Senhor da História humana e São Mateus nos ajude a cada dia a darmos novos passos pelo caminho da vida e, cheios de esperanças, possamos entrar no mistério do seguimento e do serviço. Padre Saulo Emílio Administrador Paroquial Vita et pax

sábado, 19 de maio de 2012

Sobre a Celebração do Mistério Pascal

CARTA APOSTÓLICA DO PAPA PAULO VI SOBRE A CELEBRAÇÃO DO MISTÉRIO PASCAL DADA POR MOTU PROPRIO APROVANDO AS NORMAS UNIVERSAIS DO ANO LITÚRGICO E O NOVO CALENDÁRIO ROMANO GERAL
A celebração do mistério pascal, conforme nos ensinou claramente o sacrossanto Concílio Vaticano II, constitui o cerne do culto religioso do cristão no seu desenvolvimento cotidiano, semanal e anual. Por isso, era necessário que a restauração do ano litúrgico, cujas normas foram dadas pelo Santo Sínodo, colocasse numa luz mais clara o mistério pascal de Cristo, tanto na organização do Próprio do Tempo e dos Santos, como na revisão do Calendário Romano. 1. Na verdade, no decorrer dos séculos, a multiplicação das festas, das vigílias e das oitavas, bem como a complexidade crescente das várias partes do ano litúrgico, encaminharam os fiéis às devoções particulares, desviando-os um pouco dos mistérios fundamentais da nossa Redenção. Ninguém ignora que os nossos predecessores São Pio X e João XXIII, de venerável memória, deram normas para que os domingos, restaurados em sua dignidade primitiva, fossem verdadeira e propriamente tidos por todos como o "dia de festa primordial" e para que restaurasse a celebração litúrgica da Sagrada Quaresma. E sobretudo o nosso predecessor Pio XII, de venerável memória, ordenou que na Igreja Ocidental, durante a Noite da Páscoa, fosse restaurada a solene vigília pascal para que o Povo de Deus, celebrando então os Sacramentos de iniciação cristã, renovasse a aliança espiritual com o Cristo Senhor ressuscitado. Estes Sumos Pontífices, seguindo o ensinamento dos Santos Padres e a doutrina firmemente transmitida pela Igreja Católica, julgaram com razão que no curso anual da liturgia não se recordam apenas as ações pelas quais Jesus Cristo por sua morte nos trouxe a salvação, nem se renova somente a lembrança de ações passadas, para instruir e nutrir a meditação dos fiéis, mesmo os mais simples; ensinavam também que a celebração do ano litúrgico "goza de força sacramental e especial eficácia para alimentar a vida cristã". Nós também pensamos e afirmamos o mesmo. Portanto, é com razão que, ao celebrar o "sacramento do Natal do Cristo" e sua manifestação ao mundo, pedimos que, "reconhecendo sua humanidade semelhante à nossa, sejamos interiormente transformados por Ele" e, ao renovarmos a Páscoa do Senhor, suplicamos ao sumo Deus pelos que renasceram com Cristo "para que sejam fiéis por toda a vida ao sacramento do Batismo, que receberam professando a fé". Pois, para usarmos as palavras do Concílio Ecumênico Vaticano II, "celebrando os mistérios da Redenção, a Igreja abre aos fiéis as riquezas do poder e dos méritos de seu Senhor; de tal modo que os fiéis entram em contato com estes mistérios, tornados de certa forma presentes em todo o tempo e lugar, e se tornam repletos da graça da salvação". Por isso, a revisão do ano litúrgico e as normas que decorrem de sua reforma não têm outro objetivo senão levar os fiéis a participarem mais ardentemente pela fé, pela esperança e pela caridade, de "todo o mistério de Cristo, desenvolvido no decurso de um ano". 2. Cremos que as festas da Virgem Maria, "unida por laço indissolúvel à obra de seu Filho", bem como as memórias dos Santos, entre as quais brilham com particular fulgor os aniversários de "nossos senhores mártires e vencedores", não se opõem de modo algum à celebração do mistério de Cristo. Na verdade, "as festas dos Santos proclamam as maravilhas do Cristo nos seus servos e oferecem aos fiéis oportunos exemplos a serem imitados". A Igreja Católica sempre afirmou que nas festas dos Santos se anuncia e renova o mistério pascal do Cristo. Entretanto, não se pode negar que no correr dos séculos surgiram mais festas de Santos do que seria conveniente. Por isso, o Santo Sínodo ordenou: "Que as festas de Santos não prevaleçam sobre as que recordam os mistérios da salvação. Muitas destas festas sejam deixadas à celebração de cada Igreja local, nação ou família religiosa, estendendo-se somente à Igreja universal as festas que comemoram Santos de importância verdadeiramente universal". Pondo em prática esta decisão do Concílio Ecumênico, os nomes de alguns Santos foram retirados do Calendário Geral e permitiu-se que a memória de outros fosse celebrada facultativamente e se lhes prestasse o devido culto somente nas regiões em que viveram. A supressão dos nomes de alguns santos universalmente conhecidos permitiu introduzir-se no Calendário Romano o nome de alguns Mártires daquelas regiões onde o anúncio do Evangelho chegou mais tarde. Assim, no mesmo catálogo, gozam de igual dignidade representantes de todos os povos, ilustres por terem derramado o sangue pelo Cristo ou praticado as mais altas virtudes. Por estes motivos, julgamos o novo Calendário Geral, preparado para o uso do rito latino, mais adaptado à mentalidade e à sensibilidade religiosa do nosso tempo, e mais condizente com o espírito universal da Igreja. Com efeito, ele propõe a todo o Povo de Deus os Santos mais importantes como notáveis exemplos de santidade vivida de vários modos. Não é necessário dizer o quanto isto contribuirá para o bem espiritual de todo o povo cristão. Tendo atentamente considerado diante de Deus todos estes motivos, aprovamos com a nossa autoridade apostólica o novo Calendário Romano Geral, composto pelo Conselho encarregado de executar a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, como aprovamos também as normas universais relativas à disposição do ano litúrgico. Determinamos que entrem em vigor a partir do dia 1º de janeiro do pró ximo ano, 1970, conforme os decretos a serem publicados conjuntamente pela Sagrada Congregação dos Ritos e pelo referido Conselho, válidos até a edição do Missal e do Breviário restaurados. Tudo o que estabelecemos nesta nossa carta, escrita motu proprio, seja confirmado e executado não obstante as disposições em contrário constantes das Constituições e Ordenações Apostólicas de nossos antecessores, como também de outras prescrições, mesmo dignas de menção e derrogação. Dado em Roma, junto de São Pedro, dia 14 de fevereiro de 1969, sexto ano do nosso pontificado. Paulo VI, papa

sexta-feira, 11 de maio de 2012

De esperança em esperança

O ser humano é um organismo vivo, multifacetado, com estrutura material e espiritual, que apesar de serem distintas se completam e não podem ser analisadas separadamente uma da outra. Pois, essa relação entre corpo e alma é o que torna o ser humano pessoa, que no seu dia-a-dia vai se descobrindo como um membro importante na grande obra da criação, participante na sua grande obra de amor, buscando o Transcendente. Partindo desse princípio, o ser humano é chamado a viver em comunidade, preocupando-se não só com si mesmo, mas com tudo que é bom e faz parte da obra de Deus. Ele precisa reconhecer-se criatura, muitas vezes limitada, capaz de realizar muitas coisas e, em contra partida, incapaz de muitas outras. Assim, uma das características do ser humano é a sua busca pelo divino, pelo transcendental, pois se sente chamado a olhar para o alto, capaz de atingir um ideal bem acima de suas forças: é essa marca de Deus no humano. Feito semelhante ao Criador, seu destino é tornar-se filho de Deus, caminhante, ou melhor, estradeiro do caminho da vida. Em seu caminho, o ser humano defronta-se com vários obstáculos que o impede de caminhar, que o faz refletir, mudar sua perspectiva, seu rumo, seu modo de ver as coisas. Depara-se também, com alegrias, esperanças e conquistas que motivam sua caminhada, faz o caminho suave, agradável. Para que aconteça a transcendência humana, a esperança é grande força motriz; é ela quem impulsiona o ser humano na busca de um bem maior, na busca de algo que o complete, que faça a sua finitude valer a pena, pois sem esperança, o mundo se mumifica (Juvenal Arduini). A vida, com a esperança, torna-se caminho novo e os novos passos nessa estrada fazem parte de uma emocionante aventura. Ela, a esperança, é fator de transcendência, pois possibilita ao ser humano preservar a vida, sua companheira de caminhada, buscando sempre a sua dignidade, quando tudo parece desespero, quando tudo parece escuridão, quando tudo parece chegar no fim, a esperança surge como lâmpada, lâmpada de solicitude que jamais se deinteressa. É na coletividade que o ser humano encontra a maneira de se libertar e busca uma vivência melhor. Enquanto pessoa, inserida na história, é modificador da história, baseando sua ação na espereça militante que o impulsiona para o outro, para o amor, para o cuidado. Assim, a esperança cria novas possibilidades de futuro, através da corresponsabilidade, da serenidade, da solidariedade e do impulso ao amor. A estrada a se percorrer é longa, surgem vários atalhos que seduzem pela facilidade que apresentam como a massificação, a patia, a esperança fatalista, que ao invés de tornar a estrada mais curta, torna o caminhar cansado, paralizado, fazendo do ser humano algo estático, imóvel enquanto a história toma as rédias da vida e continua seu curso. Por conseguinte, existe a estrada certa, sem atalhos, que em suas curvas faz do ser humano um ser consciente, transformador da história, que a cada passo dado e a cada passo por dar celebra a vida, caminha cheio de alegria e de esperanças, apesar dos pés calejados e sangrados pela emancipação provocada pela esperança, pela utopia, pelo outro. São homens e mulheres, companheiros de caminhada, que arriscam suas vidas nas estradas, não temendo os perigos do caminho, porque tem fé. Fé evolutiva, fé consciente. Fé é caminho que se abre. Não basta ver. Quem tem fé, caminha. E não fica apenas observando ou analisando Deus. Quem tem fé, segue a Cristo. Crer é acompanhar Cristo pelas estradas da história (Juvenal Arduini). Um novo mundo é possível, um mundo pautado na serenidade, na solidariedade, na ética e no amor. Um mundo sem degradações, sem destruição da vida humana. Um novo mundo é possivel porque o ser humano é possibilidades. Um novo mundo é possível porque existe consciência. Um novo mundo é possivel porque a história não acabou. Um novo mundo é possível porque ainda extiste esperança no coração humano.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sê bem-vindo, Dom Paulo!

No último dia primeiro, Dom Paulo Mendes Peixoto iniciou seu ministério pastoral, como quarto arcebispo na comemoração do Primeiro Cinquentenário da Bula de Criação da Arquidiocese de Uberaba. Isso para nós é motivo de muita alegria, pois o Bom Pastor olhou com generosidade para nossa Arquidiocese ao enviar um novo arcebispo para guiar-nos rumo aos prados eternos, onde Ele, verdadeiro e eterno Pastor do Rebanho nos espera com seus braços abertos.
Mineiro, da cidade de Imbé de Minas, Dom Paulo traz consigo a experiência de conduzir a diocese de São José do Rio Preto durante seis anos, além disso, vem cheio de recomendações do povo daquela diocese que veio participar da Missa de Posse. Dom Paulo que na sua homilia da Missa de Posse, disse: “É de coração aberto e com profunda confiança no Espírito Santo que dirige a vida da Igreja e que leva à partilha dos dons no meio do Povo de Deus; que me coloco na atitude de disponibilidade e do serviço. O meu pensamento se volta para o sim de Maria e à sua resposta ao Anjo. Quero ter o coração de pastor, de acolhida, de paciência e de reconhecimento de tantos valores existentes na história desta Arquidiocese. Quero somar para construir aqui o Reino de Deus”. E nos da Paróquia de São Mateus, apóstolo, evangelista e mártir, ao qual nosso arcebispo sucede, na grei do Senhor, queremos acolhe-lo e manifestar a nossa disposição em caminharmos juntos, somando forças na construção do Reinado de Deus. Seja bem-vindo e feliz em nossa Arquidiocese, Dom Paulo!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Muito obrigado, Dom Roque!

Nestes dias somos convidados a elevar ao Pai Celeste um hino de ação de graças pela vida e pelo testemunho de nosso arcebispo emérito Dom Roque, homem da simplicidade e da discrição, porém não menos integro na condução da nossa arquidiocese durante os 16 anos que esteve à nossa frente, guiando-nos rumo a Jesus Cristo, o Senhor. Nas várias vezes que acompanhei, nosso arcebispo, em celebrações, encontros e reuniões, uma ocasião, chamou-me a atenção. Na visita pastoral ocorrida em nossa Paróquia, no ano passado às vésperas da Semana Santa, quando visitamos o Colégio Presidente João Pinheiro. Dom Roque se colocou no meio das crianças que lá estudam, refletindo com eles o chamado de Zaqueu, e depois de fazer um pequeno teatro com algumas crianças sobre o trecho ouvido e meditado, ele perguntou às crianças se alguém gostaria de fazer alguma pergunta. Quando um aluno se levantou e perguntou rapidamente: “O senhor gosta de ser bispo?” Dom Roque o olhou e respondeu, sem titubear: “sim! Eu gosto de ser bispo. Mas eu gosto mesmo é de ser padre!” Essa frase me marcou profundamente, principalmente pela explicação que veio a seguir, “porque ser padre foi o que eu sempre quis na minha vida, pois o padre ajuda a todas as pessoas que lhe procura, ajuda através dos sacramentos da Igreja, ou através de uma palavra amiga, ou pelos laços que estabelece com a comunidade, por isso, eu sempre quis e quero ser padre.” Assim, nestes dias de transição queremos louvar a Deus pela vocação primeira que levou o nosso arcebispo emérito a dar o seu sim ao Pai Celeste, e que através deste sim realizou em sua vida boas obras, obras de liderança, obras de generosidade, obras de simplicidade, obras de acolhida, obras de paciência, obras do Espírito Santo. Que o Sagrado Coração de Jesus, patrono de nossa Arquidiocese, o cumule sempre de vida e esperança para que nesta nova jornada, para que continue dizendo o seu sim ao Pai Celeste como homem do Altar.

sábado, 28 de abril de 2012

Espiritualidade do Catequista

Jesus exige de cada um de nós um seguimento radical, ou seja, agir como ele agiu. Cristo quis, e ainda quer, que todos possam viver como filhas e filhos de Deus, felizes, com dignidade, em harmonia entre si, com a natureza e com o Pai. Somos convidados a anunciar o ano da Graça do Senhor, assim como faz Jesus: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor. (Lc 4, 18-19) Essa é a missão de Jesus, inspirado no profeta Isaías (Is 61, 1s), e ele só a inicia porque está cheio do Espírito, é o Espírito que o impulsiona a proclamar o amor do Pai e libertar os cativos e aflitos de coração (Is 61, 1b). é interessante notar que Jesus não está sozinho, ou não age só é o espírito de Deus que está com ele orientando sua missão. Assim também o catequista não está só, ele só é catequista a partir do momento em que vivencia sua experiência do Espírito do Senhor (através da sua espiritualidade) em comunidade, com os demais catequistas e com todo o povo ao qual é chamado a transformar. Sem exercer sua espiritualidade o catequista deixa de lado uma das colunas que sustentam sua vocação, que é a oração em comunidade, em comunhão com o estudo e a ação. Pois só assim ele estará comprometidos com as exigências do reino para a transformação da sociedade pra uma convivência mais justa, fraterna e solidária. A espiritualidade do catequista está pautada nos seguintes princípios, de acordo com o documento Catequese Renovada (CR 93): O conhecimento da Palavra de Deus; A celebração da fé nos sacramentos; E a confissão da fé na vida cotidiana. E cultivar a espiritualidade significa Ter ardor no serviço de Deus, realizando com coragem, com coração e com alegria o compromisso apostólico no seu dia-a-dia com suas frustrações, riscos cansaços e alegrias. O catequista deve rezar sua realidade, com tudo que lhe é peculiar, deve ver sua realidade de maneira abrangente, pois só assim liberta-se de seus medos e coloca-se a serviço da comunidade, que por sua vez o apoia.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Caminhar é preciso

O que faz a vida humana valer a pena? Qual é o papel do ser humano no mundo? Ou ainda, para onde caminha a humanidade? Tais perguntas acompanham o ser humano desde os períodos mais remotos do pensamento. Poderíamos comparar esse questionamento com uma longa estrada, por onde o ser humano se aventura desde quando olha para o alto e começa a contemplar a imensidão do Cosmos e se deslumbra diante dele. A beleza manifestada na obra criada, a harmonia existente no mundo e todo o mistério que a envolve, faz o ser humano pensar sobre si e sobre o seu Criador. Esse foi o começo da estrada, num tempo em que não se havia instrumentos especulativos como se tem hoje, num tempo onde não se tinha a precisão de cálculos como se tem hoje, num tempo onde os únicos instrumentos a disposição do ser humano eram o seu olhar curioso e sua mente aguçada. Assim, o ser humano começa a sua aventura pela estrada da transcendência, estrada que o leva a descobrir que a cada passo dado novos horizontes se abrem, e novos desafios surgem. Se dúvidas são sanadas, novas surgirão. É um caminhar eterno, onde muitos ficam à beira da estrada massacrados pelo cansaço, pela falta de disposição para a caminhada, ou simplesmente porque quiseram fazer a sua caminhada sozinhos. É uma estrada dura, que faz o pé sangrar, que provoca rupturas, quebraduras, mas que no final é compensador, porque o que se contempla é muito mais bonito que o por-do-sol entre as montanhas, é muito mais do que uma fonte de água límpida que mata a sede depois de se caminhar o dia todo debaixo de um sol escaldante, o que se contempla é o Transcendente, o totalmente outro, como diria alguns pensadores. Se essa caminhada é tão dura e cruel, porque o ser humano a faz? Porque somos feitos de possibilidades, seres que aceitam desafios, que não se deixam levar pela apatia ou por sua finitude. Somos finitos, isso é fato que ninguém contesta, incompletos sim, mas caminhamos para o infinito para a completude independente da partida ou da chegada, pois o que faz o caminho é a estrada, o percurso. E o que motiva a caminha, não vem de fora, não são palavras de incentivo ditas por alguém no final da estrada, mas vem de dentro do ser humano é algo que lhe é intrínseco, é a esperança, que se renova a cada passo, a cada metro percorrido, a cada dia caminhado. Foi a esperança que manteve firme os passos de tantos homens e mulheres que percorrem essa estrada da transcendência muito antes de nós. Pessoas de diferentes épocas, de diferentes localidades, mas que por amor ao humano dedicaram suas vidas como peregrinos da esperança. Em todas as épocas, desafios aparecem, desafios que oprimem a vida, que fragmenta o ser humano, que fazem da estrada caminho íngreme, pedregoso, cheio de espinhos e obstáculos. E em nossa época não é diferente, é época marcada pelo individualismo, pelo ostracismo, onde o outro perdeu o seu valor, onde a religião perdeu ser caráter comunitário, tornou-se intimista. Porém, o ser humano pode caminhar contra o fluxo da massificação e seguir pela via, pela estrada da vida, que como toda estrada tem os seus obstáculos. Existe um velho adágio da sabedoria popular que diz: a esperança é a última que morre. De fato é a esperança que mantém viva em tempos difíceis a firmeza de se buscar dias melhores, de não desanimar perante a adversidade que desvia do caminho, é ela que mantém o rumo a ser seguido. É a esperança que firma o passo cansado, que calça o pé descalço, que cura as feridas que surgiram ao longo da caminhada na busca de seu fim último. É ela que dá razões para que o homem faça a sua vida mais humana, pautada na solidariedade, através da atenção e do cuidado com o outro. Pe. Saulo Emílio

quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de abril - dia do Contabilista

A Paróquia de São Mateus parabeniza a todos os contabilistas pelo seu dia. E pede ao seu padroeiro, São Mateus, que lhes conceda sempre a disposição para trabalho e que tenham muitas realizações na profissão que escolheram.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Crisma da Primeira Turma de Catequese

Pela primeira vez, no dia 14 de abril, recebemos a visita de nosso Administrador Apostólico para conferir aos jovens de nossa Paróquia o sacramento do Crisma. Foi uma bela celebração.
Bem-vindo ao blog da Paróquia de São Mateus